Jogador da FaZe desaprova apoio ao mês LGBT e gera polêmica

A organização FaZe Clan é um dos maiores nomes do mundo dos jogos. O grupo de influenciadores profissionais conta com Pitbull entre seus investidores e já colaborou com Snoop Dog. E atualmente suas menções nas mídias sociais são uma guerra cultural completa, já que os fãs defendem uma captura de tela de um de seus membros negando o recente apoio da empresa ao Mês do Orgulho LGBTQ+.

“Feliz mês do orgulho!” O FaZe Clan twittou em 1º de junho ao lado de uma versão em cores do arco-íris do logotipo do grupo. “Enviando amor para nossos amigos, familiares e comunidade LGBTQ+.” Alguns fãs imediatamente aplaudiram o sentimento, mas muitos outros o menosprezaram, compartilhando sentimentos que variaram de “Another L from FaZe Clan” algo como “FaZe Clan errando novamente”, para comentários com homofobia mais explícita.

Jogador da FaZe foi contra manifestação de apoio ao mês LGBTQ+

As coisas pioraram ainda mais depois que o membro do FaZe, Talal “Virus” Almalki, comentou que não concordava com a declaração de orgulho LGBTQ+ do clã. “Só para esclarecer que não apoio nenhum tipo de LGBTQ ou algo semelhante, mesmo que ‘FaZe’ o faça”, escreveu ele em um tweet de citação agora excluído. “Eu sou muçulmano.”

Tweet de jogador Virus viralizou e gerou muita polêmica. Jogador é muçulmano e afirma não concordar com post de apoio ao mês LGBTQ+ (Imagem: Twitter)

Almaki é um jogador de Call of Duty de primeira linha com mais de um milhão de inscritos no YouTube. Ele também é a primeira contratação da FaZe na Arábia Saudita, um país que tem um longo histórico de abusos de direitos humanos e onde ser gay é criminalizado.

É claro que existem muitos muçulmanos auto identificados que apoiam os direitos LGBTQ+, assim como muitos cristãos auto identificados que o fazem, mas isso não impediu que muitos clãs FaZe se agarrassem às capturas de tela do post de Almalki para defendê-lo.

Fãs discutiram em torno da polêmica

“Que merd* é essa?” uma pessoa que fez referência ao comentário de Almalki perguntou a conta do FaZe Clan. “Não concordo com a forma como ele fez isso, mas é a religião dele e temos que respeitá-la, assim como as pessoas fora da comunidade LGBTQ+ devem ser respeitadas”, respondeu outro.

Isso não deve ser chocante para quem segue jogos, incluindo os fandoms confusos cultivados por seus maiores influenciadores. Mas faz com que até mesmo a demonstração mais desbocada de apoio a coisas como o mês do orgulho LGBTQ+ pareça vazia quando os influenciadores ficam em silêncio sobre a antipatia gerada e compartilhada por seus próprios fãs.

Seja racismo ambiental no chat do Twitch ou homofobia nos comentários do Twitter, o silêncio pode ser interpretado como cumplicidade. De que outra forma explicar por que tantos aparentes apoiadores do FaZe Clan ficaram surpresos com o tweet do Orgulho para começar?

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Mais de um dia depois, ainda não há comentários de acompanhamento por FaZe Clan ou Almalki. Alguns fãs do FaZe estão até acusando o primeiro de censurar o último. O FaZe Clan se recusou a comentar, mas não contestou a veracidade do tweet excluído de Almalki.

FaZe tem com negócios bilionários

A FaZe Clan já está acostumada a lidar com polêmicas como essa. Um ano atrás, teve que exilar um membro e suspender outros quando um suposto esquema de criptografia que eles estavam promovendo faliu. Mas o grupo sempre aspirou a ser mais do que apenas celebridades da internet que estão a um dia ruim de um momento de jogador enraivecido.

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Em outubro passado, a FaZe Clan anunciou seu plano de aproveitar o trem da hype da empresa de aquisição de propósito especial (SPAC) até se tornar uma empresa de capital aberto de US$ 1 bilhão. O acordo deveria ser fechado no primeiro semestre de 2022. Agora é junho e o FaZe Clan ainda não está sendo negociado no NASDAQ, enquanto o hype do SPAC está caindo. O grupo tem até fevereiro de 2023 para fechar o negócio antes que ele se concretize e o dinheiro volte para os investidores.

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