LoL: “Não tem pressão”, revela Grevthar em entrevista

O Brasil começou no Mid Season Invitational voando com uma vitória arrasadora da RED Canids Kalunga em cima da equipe do sudeste asiático, a PSG Talon, com um placar de abates na casa dos 13 a 0 para os brasileiros. Com esse stomp absurdo, o Brasil teve o melhor começo na história dos campeonatos internacionais da Riot e empolgou muito toda a comunidade e torcedores da RED Canids Kalunga. Após o fim do jogo, alguns jogadores da RED cederam entrevistas a portais selecionados. Grevthar, por exemplo, conversou com o site de notícias de esportes eletrônicos Baserush. Confira o que falou o mid laner da RED Canids Kalunga ao Baserush, entrevista essa que nós do Fragster transcrevemos.

A RED Canids Kalunga esperava um jogo clean?

“Não esperávamos um jogo tão one sided como foi, né? Tipo, não é algo que você espera, principalmente nos dias atuais, né, porque as equipes estão cada vez mais competitivas e cada vez mais estudando formas de voltar no jogo e formas de responder as ações do adversário, só que a gente sentiu eles meio apáticos. Sim, esperávamos um jogo bom também, se você não tem confiança no seu trabalho, se você não tem confiança que você vai performar um bom jogo, você não vai performar um bom jogo para começo de conversa. Quando você entra, para mim, eu tenho que entrar, não importa o adversário, seja contra a Royal Never Give Up, SKT, seja quem seja, po, eu sempre vou pensar ‘vou ganhar desses caras’, mesmo que seja difícil, eu vou tentar contornar e pensar a melhor forma de ganhar, então não importa o time. Sabíamos que a PSG era um time forte, eles são um time forte, mesmo eles tendo se mostrado apáticos, eles são uma boa equipe, não vamos desmerecer ou desrespeitar eles no jogo da volta também, mas esperávamos um bom jogo sim, não achávamos que seria one sided, mas estamos felizes sim com o resultado. Foi uma surpresa boa.”

Os treinos ajudaram a melhorar o farm do Grevthar?

“Claro, um jogador sempre vai ter algo para melhorar. Eu sei que isso (farmar) é algo que a galera pegava muito no meu pé e ainda pega, mas era algo que eu tinha que melhorar. Tinha jogos no CBLOL que eu givava muito para meus companheiros poderem se sair bem e nesse jogo, como eu senti que o jogo era focado para mim, eu sabia que eu tinha que acumular o máximo de recursos possível e manter uma boa fase de rotas. Eu não sou esse jogador e vou estar evoluindo cada vez mais nesse aspecto, tipo, eu vou sempre me adaptar para ser o melhor jogador possível para jogar com qualquer boneco que o Coelho (coach) botar na minha mão. Zoe não era um dos meus melhores bonecos, mas desde que eu pisei aqui eu to focando muito nela porque eu sinto que ela tá muito forte no meta. E vai ser assim o resto da minha carreira inteira, e quando eu precisar givar, eu vou givar sem nenhum problema. Não importa o que falem. E quando for para eu pegar o recurso, dar dano e fazer jogadas, eu também vou ser esse cara. Eu vou ser sempre um jogador flexível e vou estar sempre dando o meu melhor para só melhorar em todos os aspectos possíveis que eu puder melhorar.”

Zoe foi uma surpresa. Existem outras cartas na manga?

“Algo muito bom do nosso time e que tenho muito orgulho dessa line up é que sempre estamos dispostos a mudar para o que é proposto e um dos melhores exemplos que já tivemos isso foi no draft de hoje que todo mundo tava falando de pick X e o Titan falou ‘Jhin é muito bom aqui, vou ficar rotando mid, vou ficar zaralhando o jogo’ e realmente era, ele ficou zaralhando o jogo, e é um boneco que não era característico do Titan, que ele não estaria jogando para ele, ele estaria jogando para os outros, ele estaria cumprindo uma função de ‘Grevthar’ e eu cumpriria a função dele. É muito bom de você ver isso na line, todo mundo é maduro o suficiente para não ser o protagonista sempre e saber que tem outros que podem fazer a boa e você pode confiar, sabe? Esse é um dos melhores exemplos que posso te dar e com certeza a gente sempre vai tá se adaptando.”

Como foi conseguir scrims no MSI? Teve dificuldade? Teve times de região Majors?

“Não vou falar especificamente porque não sei se posso, mas a gente treinou com times de regiões Majors sim, o que ajudou bastante e eu fiquei muito feliz por isso. Ano passado, quando fui para o Worlds, o Coelho tinha muitos contatos e a gente teve muitas scrims boas no Mundial, então scrims não foi um problema lá e nem tá sendo um problema aqui, pela redes de contatos que a gente e o Coelho tem. Cara, é muito bom a gente poder jogar contra a elite, contra os melhores, a gente tá sempre se aprimorando e é o mais legal da carreira, você jogar contra gente muito insana e você fica ‘pô, eu tenho que bater nesse cara’, eu tenho que melhorar para ser tão bom quanto esse cara ou até melhor, sabe? É uma experiência muito bacana, única, e eu fico muito feliz que é a nossa segunda vez aqui, sabe? A gente tá cada vez mais ficando mais maduro, até nesse quesito internacional.”

Ter participado do Mundial do ano passado ajudou a fluir e ter menos pressão?

“Nesse quesito não, acho que muitos aspectos mudam, mas nesse específico não. Todas as vezes que sento na cadeira e que eu jogo, eu olho pro lado e vejo o Titan, Jojo, Aegis, Guigo, eu só penso ‘Pô, eu só to com meus amigos, tô jogando um jogo que eu amo de paixão’, parece que eu volto para a minha casa e tô me divertindo de novo, sabe? Não tem essa pressão, eu só não quero perder porque se a gente perder teríamos que voltar, então não poderíamos continuar jogando contra os melhores. Então eu acho que é só isso, não tem essa pressão não.”

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