Twitch, YouTube e Netflix não terão mais vídeos 1080p na Coréia do Sul

A plataforma de streaming Twitch anunciou que reduzirá sua qualidade máxima de vídeo na Coreia do Sul de 1080p para 720p a partir de 30 de setembro para aliviar o fardo do aumento das contas de uso da rede.

A Coreia do Sul é um país com uma das maiores taxas de utilização de Internet no mundo. Aproximadamente 98% das pessoas no país estão conectadas à Internet. Também possui uma das conexões de Internet mais rápidas e os maiores volumes de uso da Internet do mundo.

Imagem: Google

Em 2016, o governo da Coreia do Sul implementou “Padrões de Interconexão para Instalações de Telecomunicações (Padrões)” revisados, que exigia que os três principais provedores de serviços de Internet (ISPs) na Coreia do Sul, SK Broadband (SKB), KT e LG U+ pagassem custo adicional para o envio de dados entre si, também conhecido como “pagamento do remetente”.

Queda de resolução é vista pela Twitch, Youtube e Netflix como solução para reduzir gastos

Quando produtores de conteúdo estrangeiros (CPs) como YouTube, Netflix e Twitch começaram a dominar o uso da Internet coreana, os ISPs coreanos inevitavelmente tiveram que pagar contas cada vez maiores, o que resultou na mais recente decisão de negócios da Twitch.

Os ISPs coreanos alegaram que os CPs estrangeiros estavam “pegando carona” no uso da rede coreana enquanto colhiam lucros maciços. Portanto, eles vêm cobrando e elevando os custos de uso da rede para CPs estrangeiros. CPs domésticos como Naver e Kakaotalk já estavam pagando pelo mesmo uso de rede.

Fazia parte de suas “novas soluções” para sustentar os serviços no país, a fim de evitar o aumento das taxas e preços que “provavelmente continuarão a subir no futuro próximo”.

Os ISPs testaram ainda um método alternativo, um método que permitirá streaming peer-to-peer com a qualidade de vídeo máxima original com canais parceiros selecionados e seus espectadores.

Não existe nenhuma lei parecida em outro país do mundo, alega YouTube

O streaming ponto a ponto pode reduzir a carga de rede do ISP, permitindo que os espectadores baixem e compartilhem segmentos de um fluxo entre si, em vez de baixar o mesmo fluxo diretamente do data center.

No entanto, eles alegaram que o streaming peer-to-peer “precisa ser considerado mais profundamente antes da implementação generalizada”.

Em 20 de setembro, o vice-presidente executivo do YouTube na região, Gautam Anand, levantou suas preocupações no blog da Coréia do YouTube sobre isso “Lei de Emenda à Lei de Negócios de Telecomunicações”, popularmente conhecida como Lei de “Taxa de uso de rede” que agora está em debate .

Esta lei tornará obrigatório que os CPs globais assinem contratos com ISPs locais para codificar suas obrigações de taxa de uso de rede. Como resultado, os CPs estrangeiros seriam forçados a pagar as taxas de uso da rede do ISP.

“As empresas de conteúdo já estão pagando quantias consideráveis ​​para enviar seu conteúdo para redes de ISPs em locais onde os espectadores coreanos residem”, explicou Anand. “Não existe tal legislação em nenhum lugar do mundo, e por boas razões.”