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Opinião: Riot erra ao querer buscar por Free Fire em Wild Rift

Nesta última semana aconteceu pela primeira vez na história um evento grande e presencial de Wild Rift aqui no... | 8. maio 2022

Nesta última semana aconteceu pela primeira vez na história um evento grande e presencial de Wild Rift aqui no Brasil. Em Belo Horizonte, as finais do Wild Tour Brasil 2022, uma espécie de CBLOL com um formato parecido com o VCT, do VALORANT, em um circuito mais aberto, foram sediadas no Teatro do Minascentro. O evento não foi um sucesso e dava para se perceber de cara, visto que os 1500 lugares disponíveis foram mais do que suficientes para abrigar os torcedores e fãs de Wild Rift e dos games da Riot e eventos de esportes eletrônicos.

Após os playoffs e final do Wild Tour Brasil 2022 em Belo Horizonte, o diretor de Esports da Riot, Carlos Antunes, falou em uma entrevista coletiva com alguns jornalistas que foram convidados para viajar e trabalhar diretamente no evento de forma presencial. Caco, como é conhecido pela comunidade e pelos mais íntimos, falou, entre tantas outras respostas, que: “Nós tínhamos pensado, quando teve o lançamento do jogo, que a nossa intenção era criar uma outra cena de esportes eletrônicos. Nossa ideia era apresentar para novos jogadores, que poderiam até vir a ser do League of Legends (PC) ou não, mas que teriam uma experiência completa no Wild Rift (CeluLoL), inclusive até introdutória aos esportes eletrônicos. A gente já pensou que, mesmo caso o jogador passe para outros jogos depois, a experiência teria que ser separada”. Outra aspas mostra que tanto Caco quanto talvez até a própria Riot não saiba com qual público ela está lidando quando o assunto é Wild Rift, mas isso é compreensível, visto que o jogo é novo e a empresa ainda está começando a investir em outros jogos (como VALORANT, que está sendo um verdadeiro sucesso, Legends of Runeterra e muitos outros games): “Quando a gente já fez o primeiro Wild Tour, no final do ano passado, começou a ver que, de fato, os jogadores de Wild Rift eram todos novos. A maioria deles não era gente do LoL que também jogava. Era gente que estava tendo a primeira experiência mesmo. Quando a gente perguntava para os jogadores se eles imaginavam que iriam para LoL e tudo, [a resposta era] não. Aquela era a experiência que eles queriam ter. Então a gente confirmou e pensou: “essa experiência vai ter que ser fechada aqui”. Nossa ideia é continuar caminhando cada vez mais para diferenciar bastante e adaptar o Wild Rift para o que esta comunidade está querendo curtir”.

Na coletiva, Carlos Antunes falou que a Riot precisou aprender a construir um cenário novo, para um público que vem do Mobile e muitas vezes nem sabe ou sabia o que é League of Legends e também nunca pensava que algum dia poderia vir a jogar. Além disso, falou que o teor das narrações precisam ser menos técnicas e mais descontraídas (quase que depreciando um público que ainda mal conhece e jogando tudo num saco de “No Free Fire é assim”), além de que os conteúdos pudessem engatilhar um crescimento tanto no cenário quanto nos jogadores e times, além de que jogadores não são apenas jogadores, mas sim influenciadores. Bom, parece que o Caco não monitora as redes sociais dos jogadores de Wild Rift, muito menos o conteúdo que produzem, assim como as organizações e o público e torcedores envolvidos. Os números são baixos, conteúdos diferentes ou até mesmo o padrão produzido pela galera que faz esports não são vistos no cenário de Wild Rift e muito menos o público é igual ao do Free Fire, que busca pela criação de ídolos. São públicos diferentes, a Riot erra em achar que o público do mobile é igual ao público do Battle Royale de sucesso da Garena. 

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Lógico que seria presunçoso eu achar que entendo mais que o Diretor de Esports da Riot Games, mas como jornalista, tenho o direito de expressar minha opinião sobre os erros que a empresa pode cometer. Inclusive, a Riot na maioria das vezes acerta, e esse mérito tem de ser creditado de forma justa a Carlos Antunes, que até o momento, pouquíssimas vezes foi alvo de críticas. O único ponto que tenho é: Wild Rift não é Free Fire e a Riot tem que entender isso o mais rápido possível. Não vai ter organização com engajamento gigante em postagens de Wild Rift como a LOUD ou Los Grandes tem no jogo da Garena. Wild Rift pode servir muito melhor como um chamariz para novos jogadores de League of Legends e de todo o ecossistema da Riot, que em breve possuirá jogos para todos os gostos, seja fighting game, MMO, card game (Legends of Runeterra), FPS (VALORANT e VALORANT Mobile no futuro). 

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Bom, essa é a minha opinião. E você, o que acha? Conta para a gente nos comentários e diga o que você pensa sobre. Aproveite para nos seguir nas nossas redes sociais e não perder mais nenhum conteúdo, seja opinativo ou informativo sobre o mundo dos games, esportes eletrônicos e também hardware!