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O drama da venda da Virtus.pro

Em 2022, a VK, proprietária da Virtus.pro, fez a venda de seus times de e-sports, como o de CS:GO,... Felipe | 19. março 2023

Em 2022, a VK, proprietária da Virtus.pro, fez a venda de seus times de e-sports, como o de CS:GO, Dota 2 e outros. Então, nos últimos dias, a equipe divulgou os valores totais que recebeu nesta transação.

Em seu relatório anual, a VK mostrou que recebeu cerca de 174 milhões de rublos, o que equivale a quase 12 milhões de reais. Por outro lado, a organização vive um momento difícil com embargos aos seus times em eventos internacionais. Veja um pouco mais sobre como foi essa venda daVP.

Outsiders com o trofeu do Major de CSGO

Imagem: Michal Konkol / ESL Gaming

Venda da Virtus.pro

Em setembro de 2022, a Virtus.pro anunciou a mudança da liderança administrativa da organização. O empresário armênio, Aram Karamanukyan, passou a ser o CEO e investidor principal da marca. Isso pegou muitos fãs de surpresa, pois era um nome desconhecido, tanto no CS:GO como em qualquer outro cenário.

O empresário com experiência no setor de hotelaria, turismo e construção resolveu se aventurar pelos e-sports. Na época, especulou-se que a venda aconteceu para driblar os problemas burocráticos com as equipes russas.

Depois do início da guerra entre Ucrânia e Rússia, muitas equipes deste segundo país não conseguiam mais ir aos eventos. Tanto por problemas de vistos, quanto pela barragem das administrações dos torneios que impediam organizações russas de participar.

Por outro lado, o novo CEO negou que isso foi o motivo da venda. A Virtus.Pro foi uma das que mais sofreu nos e-sports por conta da guerra. O motivo era sua conexão com o governo russo, que gerou uma série de punições nos torneios.

Futuro no CS:GO e outros e-sports

No último ano, a equipe de CS:GO da Virtus.pro jogou sob o nome de Outsiders. Eles chegaram a ser campeões do Major IEM Rio de Janeiro. Logo após esse título, uma polêmica aconteceu com o troféu indo para o CEO da VP. Muitos fãs passaram a afirmar que quem venceu o Major foi a Outsiders e não a organização russa.

Já no Dota 2, eles participaram apenas do LCQ como Outsiders, no final do ano passado. Depois disso, conseguiu voltar a participar dos torneios com o nome do time original. Outra polêmica com a equipe foi a mudança de presidência em dezembro de 2022.

Leia também: Overwatch – nova polêmica no cenário

Nikolai Petrossian, ex-chefe do ESforce, entrou no lugar do empresário armênio. A ESforce é a empresa que tem ligação com o governo russo e gerou os problemas para a Virtus.pro. Por isso, muitos fãs do CS:GO e outros e-sports voltaram a acusar que a venda da organização foi apenas um golpe.

Assim, a equipe russa poderia voltar aos eventos sem estar associada ao governo da Rússia. Por fim, ninguém sabe se os torneios vão permitir que a Virtus.pro volte a competir com seu nome tão cedo.

Capa: Virtus.pro