LoL: “Tenho 9 jogos para jogar e 9 para ganhar”, diz manager do Flamengo sobre situação no CBLOL

O Flamengo Esports vive o seu pior momento na história do CBLOL. A equipe rubro-negra nunca antes teve um início tão ruim no Campeonato Brasileiro de League of Legends, visto que desde que chegou do Circuito Desafiante, o Flamengo nunca havia ficado de fora dos playoffs do CBLOL e, atualmente, está na parte de baixo da tabela do campeonato, sem ao menos classificar-se para a fase de mata-mata. Para ajudar na situação, a equipe até mesmo contratou um suporte sul-coreano para o lugar de Bounty. A chegada de Kuri já aconteceu e o jogador já estreou, mas ainda assim as vitórias não vieram. Na coletiva da semana passada, quem falou foi o manager do Flamengo, Davisito.

Lucas Gerardi, ESPN: Quão preocupante é a atual situação do Flamengo no CBLOL e o quanto que a chegada do Kuri pode ajudar?

Davisito, Manager do Flamengo:

“Boa tarde, Lucas. Boa tarde todo mundo. Questão de preocupação. É algo que preocupa a gente, mas vamos fazer um paralelo, mas não é algo que a gente não estava preparado. Quando a gente optou por seguir para 2022 com um time formado por jogadores do Academy, a gente sabia o tipo de dificuldade que enfrentaria. Se você for ver ao longo dos nossos jogos, a gente foi sempre muito punido por questão de experiência, tomada de decisão… Então assim, era algo que a gente já sabia que podia acontecer e a gente tentou trabalhar isso de uma forma mais intens a. A chegada do Kuri acabou sendo uma das alternativas que a gente encontrou para isso. E quanto ao impacto dele no time, ele é bastante participativo, ele é aberto a sugestão, trouxe muita coisa boa para o ambiente da gente. Eu já trabalhei com 7 coreanos aqui no Flamengo e, ele, para um cara que nunca saiu da Coréia e que nunca teve uma experiência fora do país, ele é o disparado mais tranquilo de trabalhar. Eu não posso colocar ele no mesmo nível do Flanalista, por exemplo, que trabalhou muito tempo nos Estados Unidos, veio com inglês nativo, levava a vida meio que na brincadeira, né, fora do trabalho, pois como profissional o Flanalista era absurdo. Então, em relação ao Kuri, acredito que sim, a gente vai conseguir crescer muito com ele, especialmente pela carga que ele traz e pela passagem pela T1 e todos os caras que ele já trabalhou junto.”

Top laner Boal está em sua segunda passagem pelo Flamengo (Imagem: Flamengo Esports)

Lucas Gerardi, ESPN: Quanto que o apoio da torcida tem motivado o Flamengo para chegar mais forte no segundo turno do CBLOL?

Davisito, Manager do Flamengo:

“Historicamente, o Flamengo só é Flamengo por causa da torcida. Isso em qualquer modalidade ou divisão, então assim, a gente sempre vai tratar e ter a torcida como nosso fator extra. O que a gente pode fazer é entregar mais dentro do Rift, todo mundo se dedicar mais para conseguir reverter a situação, porque a gente sabe que quando a gente volta para o jogo, a torcida faz a gente ser muito maior do que a gente é e isso é algo que os outros times não têm.”

Bolha, do canal ‘Coach Bolha’: Qual é o papel do Kuri no dia a dia dentro e fora do jogo?

Davisito, Manager do Flamengo:

“Fala aí, Bolha. Tudo bom? Então, cara, nenhum dos três, não tem, além do fator experiência e jogador, não tem. A gente enxerga ele como um jogador. Obviamente ele é um jogador que tem uma bagagem maior que a dos outros, mas a gente não dá pra ele uma responsabilidade que não é a dele. Eu não trouxe ele pra cá para ser um assistente técnico ou para ser um doutrinador de ambiente, entendeu? Ele tem a importância dele no ambiente, como todos os outros tem, mas o que faz alguma diferença é que se há alguma situação em que há um impasse entre os garotos, a opinião dele em algumas situações acaba sendo levada em consideração porque ele já passou por isso e de repente o voto dele seria o “voto de minerva” da situação, então quando ele diz que uma coisa é certa, a gente acaba avaliando e a gente enxerga que tem mais chance da coisa ser realmente certa do que a discussão que a gente teve há duas ou três semanas atrás. Mas a gente não trouxe o Kuri para ser o salvador da pátria não, a gente trouxe ele por ser um excelente jogador e é isso.”

Vitor Ventura, Mais Esports: Como o Flamengo está vendo a atual situação da tabela e chance para os playoffs?

Davisito, Manager do Flamengo:

“Por mais simples que pareça a resposta, desde 2018 quando o Flamengo entrou nos esportes eletrônicos, a gente entra em todos os splits para ganhar todos os jogos. O que eu vejo é que eu tenho nove jogos para jogar e nove jogos para ganhar. Basicamente é isso.”

Elenco do Flamengo para o CBLOL 2022 foi anunciado no Maracanã em dia de jogo de Futebol do clube carioca (Imagem: Flamengo Esports)

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A situação do Flamengo Esports, assim como da paiN Gaming, é muito ruim no campeonato. A equipe, que ao ver a saída de RedBert, Netuno, Parang e Ranger, resolveu investir nos jogadores do academy para o CBLOL, o que acabou sendo uma solução que não deu muito certo, visto que a equipe acumula oito derrotas em dez confrontos. Os rubro-negros até tentaram a contratação de Kuri, sul-coreano que veio da T1, equipe do lendário mid laner Faker, mas apesar disso, a chegada do jogador não trouxe os resultados esperados, ao menos na estreia do novo suporte. A situação do Flamengo fora do Rift também assusta bastante os torcedores, pois recentemente, através de veículos de imprensa, foi noticiado o fato de que Jed Kaplan e a Simplicity estariam procurando novos parceiros para tocar a vaga do CBLOL. Inclusive, tendo sido citado equipes como Vivo Keyd, Fluxo, Cruzeiro e outras organizações, o que colocaria em risco a existência do projeto Flamengo Esports.

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