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LoL: Panorama geral: A parte de baixo do CBLOL

Nesta última semana conversamos aqui neste espaço sobre o panorama geral da parte de cima do Campeonato Brasileiro de... | 16. fevereiro 2022

Nesta última semana conversamos aqui neste espaço sobre o panorama geral da parte de cima do Campeonato Brasileiro de League of Legends e fica claro que falar dos times que estão vencendo é muito mais fácil do que dos que estão passando por uma fase difícil. Os “perdedores” do CBLOL, apesar de estarem passando por momentos parecidos, estão vivendo contextos completamente diferentes. Alguns estão mostrando evolução, deixando claro que podem sair de lá em algum momento. Outros vivem o oposto, se afundam cada vez mais e o fundo do poço parece mais do que nunca não ter um fim.

Netshoes Miners é caso de golfinho no CBLOL?

Com um começo muito bom, a Miners chegou a liderar o campeonato até o segundo dia da segunda semana. Os sul-coreanos Dorun e Croc davam indícios que comandariam o time Mineiro em uma inesperada trajetória de vitórias no campeonato, mas não durou muito, pois após os três triunfos a locomotiva da Netshoes parece ter perdido muita força e desde então acumulou cinco derrotas em sequência. O trio de ferro: comunidade, especialistas e torcedores já começaram a contestar o recente rendimento da equipe, que até passou por uma grande polêmica no meio da semana ao tirar Drop da escalação inicial e colocar Celo, atirador do Academy, no lugar. O medo coletivo é que a equipe seja diagnosticada com o “Caso do Golfinho”, ou seja, aquele que aparece, pula, faz umas gracinhas e depois cai e não volta nunca mais. A Netshoes Miners já provou que tem time para competir no topo pela fase dos playoffs, mas caso a equipe continue fora dos trilhos, a única luz que verão será a da lanterna da competição junto com outros adversários.

netshoes miners

Netshoes Miners começou muito bem e perdeu cinco em sequência e despencou na tabela. (Imagem: Netshoes Miners GG)

A decepcionante paiN Gaming

Uma das equipes que mais eram esperadas neste CBLOL com certeza era a paiN Gaming. A organização que foi campeã em 2021 fez a manutenção apenas do caçador da selva Cariok e da comissão técnica, o restante do time foi negociado ou se afastou dos teclados (como brTT, astro da equipe). A chegada de Wizer, dyNquedo, Trigo e Damage foi considerado um movimento de esperança para os torcedores que querem mais um título da competição. No papel, é uma equipe muito forte. Wizer foi um grande top laner na KaBuM! em duas oportunidades, dyNquedo dispensa comentários com seus títulos e atuação absurda de 2018, Trigo e Damage formaram a rota inferior vice-campeã do CBLOL 2021. Porém, na prática, tem sido diferente, pois a equipe não vem se encontrando dentro de Summoners Rift, o que faz com que o caminho para o objetivo final seja ainda mais longo e tortuoso para os fãs e para os próprios integrantes do time, que esperavam um encaixe e uma ascendência mais rápida. A paiN Gaming das primeiras 4 semanas de CBLOL decepciona e muito a todos, mas ainda pode se reencontrar no campeonato, que é longo e dá muito espaço para recuperações, como também foi em 2021, ano do título.

pain gaming line up cblol 2022

Elenco da paiN ainda não se encontrou na competição (Imagem: paiN Gaming)

Perdeu tudo? Morando de aluguel? Flamengo Esports vive novamente cenário de derrotas e polêmicas

O meme do “Perdeu tudo? Morando de aluguel?” não poderia se aplicar melhor ao projeto de esportes eletrônicos do Flamengo desde a saída da Go4It de sua gestão. Apesar do propósito deste texto ser abordar o panorama geral das equipes no CBLOL, não podemos deixar de fora um dos principais motivos do porquê a equipe rubro-negra vive essa má fase. Desde a chegada da Simplicity para o gerenciamento da marca do Flamengo, o torcedor do time carioca viveu inúmeras crises. Seja do principal diretor cobrando de forma exagerada jogadores e técnicos publicamente com tweets completamente desnecessários, polêmicas com falta de pagamentos e má condições a funcionários e outras inúmeras acusações que ajudam a explicar o motivo do resultado esportivo não estar sendo o que a torcida gostaria. Para o ano de 2022, o Flamengo resolveu apostar completamente em sua equipe de base que venceu o academy nas duas oportunidades em 2021. O discurso externo foi de “dar chance aos crias da nação”, mas o que foi revelado pela imprensa é que a equipe carioca teve muitas dificuldades para negociar com jogadores por conta de estar “bastante queimada” nos bastidores pelo fato das polêmicas vividas e do diretor Jed Kaplan e sua equipe estrangeira ser bastante mal falada entre os jogadores. A garotada não tem culpa, aceitou o desafio e aguentou a pressão da torcida (que também deu uma aliviada pelo fato de serem jogadores do Academy). A equipe está com apenas duas vitórias na competição e já soma oito derrotas. Por conta desse desempenho completamente abaixo do esperado, a diretoria do Flamengo Esports foi ao mercado buscar a contratação de um jogador experiente. Trata-se do sul-coreano Kuri, suporte ex-SKT T1 Telecom (time de Faker), que já chegou no Brasil e deve estrear ainda neste fim de semana. Será que a chegada do novo jogador pode ajudar a tirar o Flamengo desse mar de azar? Uma coisa é certa, ainda veremos muitas polêmicas envolvendo a camisa rubro-negra nos próximos dias.

INTZ: o sucesso de errar e querer continuar errando

A INTZ já foi um dos maiores cases de sucesso no Brasil envolvendo esportes eletrônicos nos últimos anos. Uma equipe que venceu tantos títulos quanto a INTZ em uma modalidade esportiva, seja tradicional ou de Esports, fica marcada na história para sempre e, caso não cometa erros grosseiros, terá facilmente um caminho para uma hegemonia. O caso dos Intrépidos facilmente – caso não tomassem tantas decisões erradas em seu passado recente – poderia ser parecido com aqueles times como Bayern de Munique ou Paris Saint-Germain, times hegemônicos que sempre vencem as suas competições nacionais. Porém, a INTZ foi por um caminho diferente, ao invés de investir sempre mais forte e se consolidar como a maior do Brasil, resolveram abraçar um DNA de time que gasta pouco e tenta ganhar títulos travestido de “equipe que revela ou recupera talentos”. Em 2022, o cenário até foi um pouco diferente, pois trouxeram um estrangeiro (que obviamente custa caro pois é pago em dólar) e Yampi, que foge um pouco do paradigma de contratação barata. Apesar disso, a equipe continua perdendo e amargando as últimas colocações no CBLOL e isso vem se repetindo desde 2021. Já são quatro semanas e a INTZ segue inconstante e sem mostrar ao que veio e se pode ou não ascender na competição e lutar pelos playoffs. Até o momento, com o que vem mostrando, a resposta é negativa.

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INTZ trouxe Yampi para o seu elenco, mas jogador ainda não se encontrou no campeonato. (Imagem: INTZ / Twitter)

A Rensga está mal, mas já mostrou que pode evoluir no CBLOL

Quem já leu qualquer outro texto escrito por mim aqui no Fragster sabe que sou crítico ferrenho da rota inferior composta por sul-coreanos da Rensga BitPreço Esports. Mas não posso negar que eles melhoraram um pouco em relação a eles mesmos nas últimas semanas, assim como o restante do time. Da parte de baixo da tabela do CBLOL, na minha opinião, a Rensga, além da paiN e Miners, são os times que mais tem espaço para evoluir ao decorrer do campeonato. Ayel fez uma partida de encher os olhos com seu Mordekaiser nesta última semana, Minerva vem sendo constante e jogando muito bem, Goku vem dando conta do recado e caso os sul-coreanos continuem evoluindo, a Rensga pode sim dar a volta por cima no CBLOL e buscar os playoffs. Só depende deles.

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