O processador é um dos componentes mais importantes do computador, se não o mais importante e é a partir desse componente que iremos escolher as demais peças também.
É muito importante escolher corretamente o processador, para que fim o mesmo será usado e entender também as especificações desse tipo de componente já que não podemos vacilar na escolha desta peça!
Esta é a terceira parte do nosso guia de como montar um PC Gamer, aproveite e dê uma olhada nas duas partes anteriores caso você ainda não tenha lido e fique ligado do início ao fim do nosso guia para compreender melhor essa jornada!
Neste guia você vai entender como funciona a seleção de processadores baseado em suas especificações e seus desempenhos, por fim escolher a cpu mais adequada para compor nossa máquina.
Compreendendo os índices
Aqui vamos falar um pouco sobre os fundamentos de um processador e entender cada nomenclatura e as especificações que o componente costuma trazer em seu índice, afinal, precisamos saber o que é o que antes de entender mais a fundo sobre cada detalhe!
Tomaremos aqui o I5 9600K como um exemplo para listar e entender suas especificações:
– Processador Intel Core i5-9600k Coffee Lake Refresh 9a Geração
– Marca: Intel
– Modelo: BX80684I59600K
– Núcleos:6
– Threads: 6
– Frequência base do processador(clock): 3,70 GHz
– Frequência máxima do turbo compressor:4.60 gigahertz
– Cache: 9 MB SmartCache
– TDP: 95 W
– Litografia: 14 nm
– Gráficos de processador: Gráficos Intel® UHD 630
Frequência base do processador – clock:
Costumamos chamar a frequência do processador de clock, que funciona como a velocidade do processador tendo sua medida representada em Hertz (Hz). Cada Hertz funciona como se fosse uma única tarefa ou pulso (os processadores trabalham em ciclos).
Quanto maior o clock do processador, maior é a velocidade em que o componente consegue realizar a tarefa. Geralmente o processador tem a frequência base e uma frequência máxima, pois o processador é capaz de aumentar seu próprio clock de acordo com a necessidade. É comum que enquanto estamos executando um jogo ou usando muitos aplicativos que demandam maior poder de processamento que o CPU e até a GPU tenham sua frequência aumentada para suprir a demanda por desempenho.
Apesar do clock se tratar da velocidade do processador, os fabricantes não podem aumentar apenas a frequência do componente para desenvolver melhores processadores, pois isso afetaria o tamanho físico e o aumento de temperatura na peça, por isso foi desenvolvida a tecnologia dos processadores multinúcleos, na qual permite que o processador trabalhe com dois ou mais núcleos dentro de um mesmo chip, assim ganhando muito mais velocidade e eficiência.
É possível fazer o aumento manual do clock de um processador através do Overclock, porém é recomendável apenas utilizar desse método caso você já tenha conhecimento prévio de como fazer o manuseio e compreendendo os riscos, já que o processo de aumentar a velocidade do processador gera um aumento na temperatura do componente e a partir de certo nível de temperatura diminuir a vida útil da peça ou até mesmo danificá-la.
Núcleos/Core:
Hoje em dia é muito difícil encontrar processadores com apenas um núcleo, os chamados single-core, pois a grande maioria dos processadores encontrados no mercado, sejam eles de computadores ou até mesmo mobile, são multi-cores.
Os núcleos dos processadores (core) são em si o próprio núcleo de processamento, ou seja, é o próprio processador. De forma ‘prática’ podemos afirmar que um processador com 6 núcleos tem 6 processadores independentes.
Sabendo que os processadores que você encontra pelo mercado de hardware são em sua multi-cores, é correto afirmar que quanto mais núcleos, melhor o processador?
Essa é uma pergunta que por um bom tempo muitas pessoas respondiam que sim, porém, de forma errônea, já que mais núcleos não necessariamente implica em um processador mais veloz, ou um processador que desempenha melhor as multi-tarefas. Podemos citar a série FX da AMD que vinha de fábrica com processadores Eight-core e, mesmo trazendo mais núcleos em sua fabricação, os processadores da Intel da mesma época, com menos núcleos, conseguiam desempenhar melhor de forma geral.
Threads:
Num processador podemos ter um ou mais Threads, que funcionam como linhas ou progresso de tarefas lineares, elas determinam como um processador funciona desempenhando uma linearidade nos processos realizados pelo mesmo.
Os sistemas que utilizam apenas uma Thread se chamam mono-thread, enquanto os sistemas que utilizam mais de uma se chama multi-threading.
Memória Cache:
A memória Cache é a memória mais rápida contida no processador, ela guarda dados e informações temporárias para que sejam utilizados nas tarefas do usuário de forma mais eficiente, dessa forma não havendo a necessidade de desempenhar maiores tarefas para carregar tais dados novamente.
TDP:
O TDP é uma sigla que significa Thermal Design Power (potência térmica de projeto) e diz respeito a energia máxima que o componente é capaz de gerar.
Devemos nos atentar um pouco nessa especificação, pois na hora de escolher uma placa-mãe, ela deve ter o TDP compatível com o processador.
Litografia:
A litografia é representada por por nanômetros (nm) e é uma unidade de medida que determina a distância entre os transistores que compõem cada processador.
Gráficos integrados do processador:
Grande parte dos processadores vem com uma parte de seu componente dedicado a rodar os processos gráficos do dispositivo, também é possível encontrar processadores que não contém gráficos integrados, tornando uma placa de vídeo externa necessária para uso de um PC.
É válido pontuar também que existem processadores APUs, que são processadores com um poder gráfico muito maior do que os gráficos integrados que comumente são empregados em processadores normais, tendo uma parte dedicada ao processamento gráfico muito mais eficiente e poderoso.
Como escolher o processador?
Agora que sabemos sobre as especificações dos processadores ficará mais fácil fazer comparações com os modelos e marcas diferentes dos componentes do mercado e finalmente vamos poder escolher um processador para compor a nossa máquina!
O melhor método para escolher processadores, de forma semelhante às placas de vídeo como citado anteriormente em nosso guia de como montar um PC Gamer – placas de vídeo, é fazendo comparações de desempenho ou Benchmarks com marcas e modelos diferentes de processadores e, assim, conseguir compreender melhor a performance dos diversos processadores que existem no mercado.
Vale lembrar que as especificações dos processadores podem limitar ou permitir funcionalidades, portanto é muito importante compreendê-las, mas não devemos ficar presos às especificações, o melhor método de escolha sempre será muita pesquisa em cima de diversos testes com modelos diferentes de componentes. Gostou do guia? Então siga o Fragster no Twitter e não perca mais nenhum conteúdo!