Há um tempo atrás, diversos treinadores receberam punições no cenário de CS:GO acusados de usarem um bug que dava vantagem aos seus times. Assim, a investigação realizada pela Esports Integrity Commission (ESIC), colocava contra a parede diversas equipes e comissões técnicas.
Porém, muitos dos acusados alegaram que não haviam utilizado o bug, o que fez crescer diversas discussões na comunidade. Além disso, fãs comentam sobre a existência de bugs em um jogo que está a tanto tempo no mercado e com um cenário competitivo sólido, criticando principalmente a Valve.
Explicando o bug dos coaches no CS:GO
Há aproximadamente 2 anos, a comunidade de CS:GO recebia um notícia chocante, pois a ESIC havia banido 37 treinadores do cenário competitivo. Segundo a comissão investigadora, eles teriam utilizado um bug que permitia usar o modo espectador durante as partidas.
Com isso, os treinadores teriam informações privilegiadas sobre a movimentação e estratégia de seus adversários. Além disso, poderiam passar essas informações para seus jogadores durante as pausas estratégicas em meio ao jogo.
Dentro da lista de 37 nomes estavam os treinadores brasileiros de grandes organizações. Assim, Dead, da MIBR, pegou uma suspensão de 6 meses e meio. Já Guerri, da FURIA, levou uma suspensão de 4 meses.
🔗 @guerri, @ricsini, @ale_Apoka, @brunoono1, @rikzfps e mais 32 são punidos em investigação acerca do bug do coach – https://t.co/s3lw6UW4za #DRAFT5GG pic.twitter.com/fkIVQxg5ee
— DRAFT5.GG 🇧🇷 (@Draft5gg) 28 de setembro de 2020
Contudo, muitos fãs, jogadores e outras pessoas envolvidas com CS:GO ficaram desconfiados dessa investigação. Isso aconteceu porque grandes nomes de organizações multi campeãs estavam envolvidas na punição.
Então, a dúvida que surgiu foi sobre como a Valve deixaria passar um bug tão impactante para os jogos competitivos por um tempo prolongado. Outra questão foi sobre as diferentes punições aplicadas, sendo que alguns técnicos pegaram pouco tempo enquanto outros foram banidos por diversos meses.
Além do mais, alguns dos nomes da lista alegaram desde então que não utilizaram o bug, ficando surpresos quando viram seus nomes na lista. Também, além de ficarem suspensos de seus empregos, a confiança e moral que seus trabalhos como treinadores tinham conquistado no cenário de CS:GO eram totalmente destruídos.
O que disseram os treinadores em entrevistas
What did I said ???!?!?! Yes it took me 7 months but hey!!! I DO WHAT I PROMISED!!!! 👊👊👊👊🔥🔥🔥🔥🔥🔥 https://t.co/ZIPzG9t8MZ
— Anton Georgiev (@ToH1o) 15 de junho de 2021
Durante essa semana, alguns treinadores vieram à público falar sobre o que aconteceu desde o anúncio da ESIC. Um deles foi ToH1o, ex-treinador da Windigo, que teve 10 meses de suspensão.
Primeiramente, disse que não imaginava que estaria na lista e, inclusive, havia brincado com colegas sobre essa investigação na noite anterior ao anúncio. Além disso, comentou sobre como foi difícil para ele, que em muitos momentos pensou em desistir da sua vida, mas que sua namorada deu apoio para ele continuar tentando.
Mesmo com uma tentativa de apelação contra a sentença em novembro de 2020, ele ficou diversos meses sem poder ter contato com o cenário competitivo de CS:GO. Apenas em junho do ano seguinte ele conseguiu se defender.
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Com provas diversas que iam de câmeras de segurança do torneio, até comprovantes de hotéis e aluguel de carros, ele conseguiu que sua suspensão fosse retirada. Além dele, outro treinador que comentou sobre o assunto foi Lmbt, ex-treinador da ForZe.
Today we got an email from ESIC regarding the case with @LMBT_CSGO saying that "the original findings and sanction are hereby rescinded and he is free to coach in ESIC member events."
We're glad that justice has been served and Sergei is now able to work with our squad as usual😊 pic.twitter.com/YHZz2MYQD4— forZe Esports (@forzegg) 15 de outubro de 2020
Ele recebeu uma punição de 7 meses e meio mesmo tendo colaborado com a investigação. Segundo seu relato, ele havia descoberto o bug cinco anos antes da investigação e, quando ficou sabendo do caso, mandou um email para a ESIC por vontade própria para contar sobre sua situação.
Mesmo com diversas evidências ao seu favor e sendo proativo em sua comunicação, a organização o puniu. Por fim, ele disse que foi uma das piores sensações da sua vida, que não imaginava que a ESIC tomaria decisões tão duras mesmo com provas a favor dos investigados. Contudo, a organização também voltou atrás em sua decisão em relação a Lmbt.
Capa: ESL