CS:GO – clima tenso após a BLAST

Apesar do término da temporada competitiva de CS:GO em 2022, as coisas ainda continuam agitadas na comunidade. Logo após o fim da BLAST World Final, todos viram o sucesso do evento e da organizadora.

Contudo, uma acusação política surgiu por parte de uma empresa de transmissão dinamarquesa contra o próprio governo. Um dos problemas seria o local do evento, Abu Dhabi, que tem fama por não respeitar os Direitos Humanos.

Imagem: Michal Konkol / BLAST

Entenda a polêmica

Na última semana, a G2 Esports e a Team Liquid disputaram o último título de CS:GO do ano, bem como, o prêmio em dinheiro. O que muitos não esperavam era que, após o término do torneio, surgiriam algumas polêmicas.

No dia 16 deste mês, o governo da Dinamarca foi alvo de acusações da Danish Broadcasting Corporation. Segundo a empresa, os contribuintes do país estão financiando o governo da Arábia Saudita indiretamente.

Isso se deve ao fato do recebimento de um grande investimento público por parte da BLAST, através dos impostos dinamarqueses. Então, os parlamentares locais passaram a discutir a situação e abriram uma investigação.

Um fato interessante é que a Dinamarca detém entre 20% a 30% da BLAST, o que justifica o investimento. Além disso, a organizadora de eventos de CS:GO fechou um contrato de 3 anos com a Abu Dhabi Gaming.

Ou seja, grande parte do investimento público de aproximadamente 10 milhões de dólares entrou nessa parceria. Esse foi o motivo para que a empresa veiculasse uma notícia expondo a situação e pedindo atenção das autoridades.

Direitos Humanos, e-sports e CS:GO

Uma outra parte da reclamação está no fato das constantes denúncias da Arábia Saudita em relação aos Direitos Humanos. Segundo notícias, o governo local não mede esforços para aplicar seus planos e estratégias.

Um exemplo disso seria a implementação do NEOM, um plano de urbanização das cidades com alta tecnologia. Esse ato governamental surpreendeu o mundo pela ousadia, integração tecnológica-humana e pela revolução urbanística. Contudo, para sua conclusão, os governantes supostamente não se importaram com a morte de lideranças indígenas para expulsá-los das terras.

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Por isso, uma das pressões em relação a BLAST é a mudança dos locais dos eventos de CS:GO. Contudo, a parceria citada anteriormente gerou uma barreira financeira de quebra de contrato que pode custar ainda mais dinheiro público.

Por fim, até o momento, a BLAST não se pronunciou sobre o texto e as afirmações da Danish Broadcasting Corporation. Bem como, nenhum jogador, comentarista ou influenciador também comentou o assunto.

Capa: Michal Konkol / BLAST