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Como o machismo continua afetando as gamers no Brasil

O machismo nos games é um dos problemas mais recorrentes no cotidiano de quem joga online. Para as mulheres,... | 6. dezembro 2022

O machismo nos games é um dos problemas mais recorrentes no cotidiano de quem joga online. Para as mulheres, até usar um nick feminino é motivo para ser alvo de ofensas por jogadores completamente tóxicos. O debate sobre esse problema é constante e sempre levanta grandes questionamentos, inclusive saindo do online para eventos offlines onde grandes empresas debatem o assunto.

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Nova equipe de CS:GO feminino da EndGame posa para a foto em sessão (Imagem: EndGame)

Marcela, co-fundadora de uma agência de publicidade de games GAB, comentou sobre isso em seu LinkedIn e desabafou sobre o assunto, contando a experiência de sua sócia em um evento: “É algo gravíssimo e que precisa de medidas urgentes. A Ubisoft e a Riot Games se uniram para buscar combater a toxicidade nos chats, por exemplo, onde ocorrem muitas agressões e preconceitos, mas ainda – segundo usuários das plataformas – em um formato não tão claro e efetivo.” 

Como resolver o problema do machismo nos games?

A empresária também falou sobre uma forma de talvez poder resolver esse problema que tanto agrava o cenário de games: “Seria o caso de atuar também de forma educativa, além da “punitiva” (bloquear o usuário, apagar a mensagem enviada, barrar determinadas publicações)? A importância disso é de proporções gigantescas, porque os games são ambientes de socialização, de pertencimento, de auto identificação e até de formação de caráter e de como a pessoa se enxerga.”

Cada vez mais os games estão presentes na vida das pessoas

Segundo Marcela: “No estudo mais recente da Deloitte, os dados mostram que mais de 80% de homens e mulheres afirmam que jogam, isso significa uma média de 10 horas semanais para a Geração X, 11 horas por semana para gamers da geração Z e 13 horas para os Millennials. São pessoas que jogam entre amigos, contra estranhos e também de forma pública pelo streaming.”, e ainda acrescentou sobre: “Cerca de metade dos jogadores norte-americanos entrevistados pela pesquisa dizem que jogar videogame os ajuda a se manterem conectados com outras pessoas, e que fazer conexões é importante para eles enquanto jogam – sentimentos que surgem em um nível mais alto para os homens. No geral, quase 60% relatam que os jogos os ajudaram em um momento difícil, e 61% dizem que personalizar o personagem ou avatar do jogo os ajuda a se expressar. Um importante suporte à identidade que enfrenta barreiras quando se trata de mulheres, negros, LGBTQIA+ e outros públicos que enfrentam preconceitos e agressões constantes.”

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Foto: Zandor Eduardo

A verdade é que cada vez mais vemos marcas, influenciadores e grandes personalidades compromissadas em combater essas atitudes, mas precisamos sempre tocar nesse assunto espinhoso que existe sim no mundo dos jogos.